terça-feira, 8 de dezembro de 2009

células -tronco


As células-tronco, também conhecidas como células-mãe ou, erradamente, como células estaminais, são células que possuem a melhor capacidade de se dividir dando origem a células semelhantes às progenitoras.

As células-tronco dos embriões têm ainda a capacidade de se transformar, num processo também conhecido por diferenciação celular, em outros tecidos do corpo, como ossos, nervos, músculos e sangue. Devido a essa característica, as células-tronco são importantes, principalmente na aplicação terapêutica, sendo potencialmente úteis em terapias de combate a doenças cardiovasculares, neurodegenerativas, diabetes tipo-1, acidentes vasculares cerebrais, doenças hematológicas, traumas na medula espinhal e nefropatias.

O principal objetivo das pesquisas com células-tronco é usá-las para recuperar tecidos danificados por essas doenças e traumas. São encontradas em células embrionárias e em vários locais do corpo, como no cordão umbilical, na medula óssea, no sangue, no fígado, na placenta e no líquido amniótico.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Malária: mosquitos geneticamente modificados podem destruir causador da doença

Malária: mosquitos geneticamente modificados podem destruir causador da doença
(AFP) – 12 de Nov de 2009

WASHINGTON, EUA — Cientistas americanos informaram nesta quinta-feira terem criado os primeiros mosquitos geneticamente modificados, com organismos capazes de destruir o Plasmodium falciparum, protozoário responsável pela transmissão da malária.

A infecção pode incidir no homem e em outros mamíferos, assim como em aves e anfíbios, causada por protozoários do gênero Plasmodium, transmitidos por picadas de mosquitos do gênero Anopheles do qual há cerca de 50 espécies.

"São os primeiros mosquitos geneticamente modificados resistentes ao parasita graças a uma modificação de seu sistema imunológico", felicita-se George Dimopoulos, professor de microbiologia molecular e de imunologia no JHMRI, Instituto de Pesquisa sobre o Impaludismo da Universidade Johns Hopkins em Baltimore (Maryland, leste) que dirige a equipe de estudiosos.

Mais de 300 milhões de novos casos são diagnosticados a cada ano no mundo e cerca de um milhão de pessoas morrem vítimas da doença, principalmente crianças da África, diz um comunicado.

Até agora, os cientistas criaram dois grupos de mosquitos geneticamente modificados. Nos do primeiro grupo, o gene que provoca a destruição do Plasmodium foi ativado no tecido intestinal do inseto, onde inicialmente se instala o parasita.

No segundo grupo de mosquitos, a modificação genética desencadeou uma reação no sistema imunológico contra o Plasmodium atingindo um órgão do parasita que desempenha o papel de fígado

Complexo de Histocompatibilidade Principal.


A resposta imune adquirida é mediada pelos linfócitos, em especial os linfócitos T. Mas para que esta reação seja deflagrada é necessário que os linfócitos T reconheçam os antígenos. Isto porque estas células não podem, como fazem os anticorpos, reconhecer diretamente os antígenos dispersos no sangue ou na linfa. Os antígenos precisam ser apresentados aos linfócitos T e esta tarefa é executada por moléculas, glicoproteínas, localizadas na membrana das células, que derivam de genes pertencentes a uma região ou locus designado como complexo de histocompatibilidade principal (MHC).
Esta apresentação significa criar a condição para que as partes de seqüência do antígeno possam interagir com um receptor localizado na membrana do linfócito T conhecido como TCR. Esta interação, molécula do MHC - antígeno - TCR, promove a ativação destas células e a conseqüente resposta imune mediada por elas.
Estas moléculas são pertencentes a duas classes: moléculas do MHC de classe I e moléculas do MHC de classe II; e apresentam peptídeos e diferentes subpopulações de linfócitos T, CD4+(auxiliares) e CD8+(citolíticos). As moléculas do MHC humanos são chamadas antígenos leucocitários humanos(HLA).

Complexo de Histocompatibilidade Principal.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Novidades
Médicos criam rede de pesquisa e tratamento do aborto de repetição
Dificuldade de manter gestação após repetidas tentativas afeta 5% dos casais; fator imunológico é uma das causas.Médicos de nove cidades se uniram para criar no País uma rede de pesquisa, diagnóstico e tratamento do aborto de repetição, situação na qual a mulher sofre três ou mais perdas gestacionais seguidas, não conseguindo levar a gravidez até o fim. Estão nesse trabalho profissionais de Campinas, São Paulo, Rio, Brasília, Porto Alegre, Salvador, Recife, Fortaleza e Florianópolis. O problema ocorre em cerca de 5% dos casais em idade fértil, de acordo com estatísticas mundiais.

A proposta, liderada pelo Núcleo de Imunologia da Reprodução Humana (Nidarh), formado por especialistas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), pretende ampliar o conhecimento sobre os mecanismos envolvidos nesse tipo de aborto, aprimorar o tratamento, criar uma base nacional de dados e estimular o debate sobre resultados com vacinas que combatem falhas imunológicas.

“Quando o banco de dados estiver pronto, ginecologistas e obstetras de qualquer Estado poderão tirar dúvidas sobre diagnóstico, tratamento e encaminhamento de pacientes”, diz o médico Ricardo Barini, coordenador do Ambulatório de Perdas Gestacionais Recorrentes da Divisão de Reprodução Humana da Unicamp. Ele explica que o grupo começará no primeiro semestre de 2008 um estudo clínico sobre o aborto recorrente em várias capitais.
FATOR IMUNOLÓGICO:
O aborto espontâneo recorrente que ocorre até a 12.ª semana de gravidez é chamado de precoce, e as principais causas costumam ser genéticas, infecciosas ou imunológicas.
“Já os mais tardios estão relacionados à dificuldade de expansão e de crescimento do útero, como as malformações uterinas e a incompetência cervical, isto é, a incapacidade de manter o colo do útero fechado para levar a gravidez”, diz Joji Ueno, coordenador do curso Especialização em Medicina Reprodutiva, ministrado pelo Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Sírio Libanês, em São Paulo.

Segundo ele, para ser considerado um problema de aborto repetitivo é preciso que a mulher tenha tido pelo menos três gestações sem sucesso - a ocorrência de um ou dois abortos é considerada natural, motivada por falhas genéticas, explica.

Estudo feito no ano passado com pacientes atendidas na Unicamp, um dos primeiros a tentar mapear as possíveis causas do aborto espontâneo recorrente, mostrou que, entre esses fatores, o mais freqüente foi o fator imunológico, principalmente o chamado aloimune (93,9%) - processo de rejeição do feto pelo sistema imunológico da mãe por falta ou baixa produção de anticorpos bloqueadores que protegem as células embrionárias.

“Há casais que formam um par inadequado do ponto de vista imunológico e produzem embriões que são interpretados pelo organismo da mulher com objetos estranhos ao seu corpo. Estes embriões são eliminados e, a cada nova tentativa de gravidez, estas alterações são agravadas”, explica Barini.

Isto ocorre mesmo quando embriões são produzidos nos tubos de ensaio em fertilizações in vitro, após indução da ovulação da mulher. Inclusive, muitos casais que tentam sem sucesso as terapias de reprodução assistida podem sofrer, na verdade, de problemas com a resposta imunológica.

O estudo analisou 246 prontuários médicos de mulheres com três ou mais perdas espontâneas sucessivas atendidas pelo ambulatório da universidade entre 1994 e 2003. A maioria das mulheres tinha entre 30 e 34 anos.

O objetivo agora, com uma pesquisa nacional, é descobrir outros mecanismos ligados a este problema. Entendendo melhor a resposta do organismo da mulher, é possível tentar outras alterações imunológicas.

TRATAMENTO

O primeiro passo dos médicos para tratar um casal com dificuldades de manter uma gestação, após repetidas tentativas, é realizar uma avaliação cuidadosa para definir o diagnóstico e identificar possíveis causas do erro biológico.

Isso feito, é possível adotar a aplicação de vacinas que corrigem o fator imunológico problemático, tipo de tratamento que apresenta resultados favoráveis em 85% dos casais. Ou seja, fazer com que a resposta imunológica do corpo da mãe passe a ser normal, aceitando a presença do feto.
FONTE: FOLHA DE SÃO PAULO

terça-feira, 24 de novembro de 2009

DOENÇA AUTO-IMUNE


psoríase: é uma doença auto-imune que se caracteriza pela intensa descamação da pele e pela formação de crostas;



A doença auto imune é um tipo de doença comum, mas pouco conhecida da população em geral.

O processo evolutivo criou um mecanismo de defesa que é capaz de reconhecer praticamente qualquer tipo de invasão ou agressão. A complexidade do sistema está exatamente em conseguir distinguir entre o que é danoso ao organismo, o que faz parte do nosso próprio corpo como células, tecidos e órgãos, e o que não é nosso, mas não causa danos, como alimentos por exemplo.

Existe algo como uma "biblioteca de anticorpos" armazenada no nosso organismo. O corpo é capaz de lembrar de todos as substâncias, organismos ou proteínas estranhas que já entraram em contato conosco desde o nascimento. A estes dá-se o nome de antígenos.

Esse contato com antígenos nos primeiros anos de vida é importante para a formação desta "biblioteca de anticorpos". O corpo consegue montar uma resposta imune muito mais rápida se já houver dados sobre o invasor. Se o antígeno for completamente novo, é necessário algum tempo até que o organismo descubra quais os anticorpos são mais indicados para combater aquele tipo de partícula.

A Doença auto-imune ocorre quando o sistema de defesa perde a capacidade de reconhecer o que é "original de fábrica", levando a produção de anticorpos contra células, tecidos ou órgãos do próprio corpo.

Exemplo: No diabetes tipo I (leia sobre diabetes), ocorre uma produção inapropriada de anticorpos contra as células do pâncreas que produzem insulina, levando a sua destruição e ao aparecimento do diabetes.

EXISTEM INÚMERAS DOENÇAS AUTO IMUNES DENTRE ELAS- Diabetes tipo I
- Lúpus
- Artrite reumatóide
- Doença de Crohn
- Esclerose múltipla
- Vitiligo
- Tireoidite de Hashimoto
- Esclerodermia
- Doença celíaca
- Hepatite auto-imune
- Síndrome de Guillain-Barré
- Anemia hemolítica
- Granulomatose de Wegner

TOLERÂNCIA IMUNOLÓGICA

O termo tolerância imunológica refere-se a uma estado de não-reatividade específica para determinado antígeno, e é induzida por prévia exposição àquele antígeno. A tolerância pode ser induzida para antígenos não-próprios, mas o aspecto mais importante da tolerancia é a autotolerância, que impede que o organismo elabore um ataque contra seus próprios constituintes. O potencial para a auto-agressão surge porque o sistema imune gera uma grande diversidade, ao acaso, de receptores antígeno-específicos, alguns dos quais se tornarão auto-reativos. As células portadores destes receptores devem ser eliminadas, funcional ou fisicamente.

A auto-reatividade deve ser evitada por processos que ocorrem durante o desenvolvimento e não geneticamente pré-programadas.

A ativação e a tolerância dos linfócitos são os dois resultados possíveis do reconhecimento dos antígeno pelos linfócitos. Antígenos indutores da tolerância são denominados tolerógenos, devendo ser distinguidos dos imunógenos, que geram respostas imunes. A tolerância aos antígenos próprios é uma propriedade fundamental do sistema imune, e sua perda leva às doenças auto-imunes. Normalmente, todos os antígenos próprios são tolerógenos. Muitos antígeno estranhos podem ser imunógenos ou tolerógenos, dependendo de sua forma fisicoquímica, dose, e via de administração. A exposição de um indivíduo a antígenos imunogênicos estimula a imunidade específica, e para a maior parte das proteínas imunogênicas, exposições subseqüentes gerarão respostas secundárias aumentadas. Em contrates, a exposição a um antígeno tolerogênico não deixa apenas de induzir a imunidade específica, mas também inibe a ativação linfocitária pela subsequente administração de formas imunogênicas do mesmo antígeno. Esta inativação dos linfócitos, induzida por antígeno e imunologicamente específica é a marca distintiva de todas as formas de tolerância. Assim, os mecanismos responsáveis pela indução e manutenção da tolerância nos linfócitos são de fundamental importância, por determinarem como o sistema imune discrimina entre o próprio e o não-propio, e também como o sistema responde a diferentes formas de antígenos estranhos.