terça-feira, 24 de novembro de 2009

TOLERÂNCIA IMUNOLÓGICA

O termo tolerância imunológica refere-se a uma estado de não-reatividade específica para determinado antígeno, e é induzida por prévia exposição àquele antígeno. A tolerância pode ser induzida para antígenos não-próprios, mas o aspecto mais importante da tolerancia é a autotolerância, que impede que o organismo elabore um ataque contra seus próprios constituintes. O potencial para a auto-agressão surge porque o sistema imune gera uma grande diversidade, ao acaso, de receptores antígeno-específicos, alguns dos quais se tornarão auto-reativos. As células portadores destes receptores devem ser eliminadas, funcional ou fisicamente.

A auto-reatividade deve ser evitada por processos que ocorrem durante o desenvolvimento e não geneticamente pré-programadas.

A ativação e a tolerância dos linfócitos são os dois resultados possíveis do reconhecimento dos antígeno pelos linfócitos. Antígenos indutores da tolerância são denominados tolerógenos, devendo ser distinguidos dos imunógenos, que geram respostas imunes. A tolerância aos antígenos próprios é uma propriedade fundamental do sistema imune, e sua perda leva às doenças auto-imunes. Normalmente, todos os antígenos próprios são tolerógenos. Muitos antígeno estranhos podem ser imunógenos ou tolerógenos, dependendo de sua forma fisicoquímica, dose, e via de administração. A exposição de um indivíduo a antígenos imunogênicos estimula a imunidade específica, e para a maior parte das proteínas imunogênicas, exposições subseqüentes gerarão respostas secundárias aumentadas. Em contrates, a exposição a um antígeno tolerogênico não deixa apenas de induzir a imunidade específica, mas também inibe a ativação linfocitária pela subsequente administração de formas imunogênicas do mesmo antígeno. Esta inativação dos linfócitos, induzida por antígeno e imunologicamente específica é a marca distintiva de todas as formas de tolerância. Assim, os mecanismos responsáveis pela indução e manutenção da tolerância nos linfócitos são de fundamental importância, por determinarem como o sistema imune discrimina entre o próprio e o não-propio, e também como o sistema responde a diferentes formas de antígenos estranhos.

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